sábado, 11 de junho de 2011

Solidão


O tempo passa para aumentar a dor
Minutos são como facas na minha alma
Já não sei o que é uma amigo, ou amor
Só posso dizer que ando sem calma
Sombras são minhas únicas amizades
Perco lentamente toda minha razão
Já não sei mais nem meias verdades
Às vezes nem sinto mais emoção
A dor que minha alma vai apagando
Nesses versos retrato o meu dilema
Sinto meu coração distante galopando
Vejo na vida apenas o meu problema
Estou com meus fantasmas do passado
Eles me ajudam a passar a vil solidão
Sem ninguém estou muito arrasado
Esperando que a vida não seja em vão

Ainda vejo que nada na vida vai mudar
Tudo que tenho é o vazio ao meu lado
Queria que o tempo pudesse retardar
Não posso mais suportar esse fardo
A noite só aumenta minha inquietação
É como se meu corpo se decompor
Sinto apertado meu pobre coração
Nada parece me dar paz ou amor
Sua ausência é minha mais triste sina
Trazendo nada mais do que desilusão
Afogo-me na escuridão como piscina
Perco tudo por essa triste maldição
Dói como se agulhas me espetassem
Solidão é uma faca cega de dois gumes
Como se minhas angustias despertassem
Tentando iluminar a noite com vagalumes
Tudo parece insuportável e difícil pra mim
Solidão é minha armadura mais conhecida
Frágil podendo ser cortado até com capim
Sinto minha alma em declínio, em descida

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